A indústria calçadista do RS teve um dos piores desempenhos no que diz respeito ao mercado de trabalho no ano de 2018. Conforme dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, foram fechados 3.822 postos de trabalho com carteira assinada. Informações da Inteligência de Mercado da Abicalçados, que incluem ainda ateliês e fabricantes de partes do calçado, dão conta da extinção de 5.567 vagas. Na contramão, o Rio Grande do Sul teve o primeiro saldo positivo após três anos, ao criar 20.249 vagas.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes para Calçados de Três Coroas, Joel Brando Klippel, o otimismo nacional em relação às mudanças sócio-econômicas, o crescimento sobretudo no último trimestre do varejo, aliado à alta eficiência e qualidade dos profissionais gaúchos são fatores que permitem ao dirigente dizer que as demissões serão revertidas em admissões. “Porém, em ritmo menor que o necessário, pois com a carga tributária do RS sendo a maior do País, em média 10%, nos cria enormes dificuldades de competição”, acrescenta Klippel.